sábado, 24 de julho de 2010

Silêncio

O silêncio que se escuta, faz-me querer sair, ir por aí... Olho para a mochila, mas não a levo, nunca saí de mochila, não seria agora! Saio pelo porta disparado, para a agitação que reina na rua, que reina onde quero estar! Vou sem rumo, para onde os pés me levem, sem pensar no destino, assim é a vontade! Vou e não olho para trás... Não quero ver que não vem comigo quem queria que viesse, prefiro esperar por te ver na altura certa...
Chego àquele sito, onde tanta vez penso ir e nunca vou, a não ser em sonhos... Mas desta vez fui e para ficar algum tempo...
Ao silêncio substituiu-se a agitação, o barulho ensurdecedor da cidade e dos pensamentos mudos que gritam na minha cabeça... Quero calá-los e não sei como... ou melhor, saber sei, mas não quero dar esse passo que seria desastroso! Vou então para onde não me oiço a mim, onde o silênciocse impõe! Onde a sua força é maior que a minha! A Natureza ali reina e dá-me a tranquilidade que o silêncio da casa não dá! Estou ali sozinho e penso em ti, em como queria que ali estivesses... a meu lado.. dar-te a mão... Mas sei que não estás e que não vais estar... espero pela hora em que nunca chegarás....
Desisto de esperar, levanto-me de um pulo e decido tomar uma decisão...
Meto novamente pés ao caminho, rumo por aqui e por ali errantemente, ponderando se a decisão é a mais correcta... mas que remédio senão voltar por onde vim...
Um dia...
Quiçá um dia algo de surpreendente não acontecerá...

3 comentários:

  1. bem...tão melancólico e tão subtil...incrível, excelente trabalho...

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  2. Gostei do "Quiçá" oui oui;)

    bem...

    silêncio serve para muito, dá-nos muito e é raro o ouvirmos...ajuda a aclarar as ideias, ajuda a relaxar, ajuda tanta coisa:)(tb tem o seu lado menos bom mas isso não interessa)

    deixa as "coisas" fluirem sem stress;) e sempre em frente é o caminho

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