terça-feira, 15 de junho de 2010

senseless

Fazia-se sentir um frio de enregelar naquela escura viela, todos andavam apressados, de olhar no chão, e gola subida. Era Verão, mas ele não se fazia sentir! Todos olhavam de alto abaixo a juventude exuberante que se fazia desfilar de casaco desabotoado e calças rotas… Os “Velhos do Restelo” que sempre ali andaram, nunca imaginaram que o mundo atingisse aquele tal despudor, nem nos seus piores pesadelos! Agora, a juventude, seguia em pleno Verão de chinelo, calção e minissaia! Quem poderia imaginar tal despudor!?
Sigo por uma rua, mais movimentada, parece ser uma avenida, aqui faz calor! Aqui há Vida! Aqui tudo faz mais sentido… vejo-a! A vida ganha novo sentido, o Sol parece aquecer os corpos e dar nova luz ao Mundo! Surgiu ela e tudo muda de visão! Mas onde estaria ela para que tudo ficasse tão cinzento? Pego-lhe pela mão, não a quero deixar fugir, o Mundo merece ser um espaço feliz!

3 comentários:

  1. Venho acompanhando os teus escritos e parei para te felicitar, hoje que perdemos um grande autor. É muito bom encontrar na escrita o escape e a ferramenta para colorir a vida e o cinzentismo, eu tento fazer o mesmo, manietar e congelar o tempo através das palavras e saboreá-las a contento, um abraço Mauro Santos

    ResponderEliminar
  2. Onde é essa avenida??...quero agarrar a mão dessa desconhecida!?...tão esperada...;)..lol...em grande grande...

    ResponderEliminar