Dou voltas e reviravoltas nessa cama fria, sinto ali o gélido sabor da solidão, a noite é minha única companheira e faz a emoções aflorarem. Lentamente abro os olhos, busco um ponto para fixar, uma recordação de algo bom… Esse ponto não surge, perco-me na madrugada dos pensamentos, no frio noctívago da emoção… Deixo-me levar por essa penumbra!
Abro os olhos um pouco mais tarde e sorrio para o dia! O sol vai já alto, mas meu coração não sente essa mudança de temperatura! Continua na sua forma habitual, gélido e imóvel. Busco no horizonte algo que me faça mover, algo ou alguém que me faça sair desta lúgubre sensação de estagnação!
Sinto-me jazer nesta torreira à beira-mar, nesta idealizada esplanada onde vêem casais apaixonados e eu, qual Narciso me acompanho da minha sombra!
Dizem-me as vozes que basta abrir os olhos que o que busco está diante de meus olhos, mas não o vejo! Estarei a olhar na direcção oposta? Ou serão apenas meus olhos ofuscados pelo sol radiante daquela jazida que não me deixam mirar o que busco!?
Quedo-me prostrado em meu assento, abro o livro branco que sempre trago e que na fronte se afirma como “Destino”, sim, aquele que incomparavelmente vende mais desde o surgimento da própria vida, que a Bíblia, agora tão em voga, porque este, este é escrito pela mão de cada um, colorido pelas acções e não permite erros de impressão, o que uma vez ditarmos, assim surgirá!
Esse sim, esse e nenhum outro livro, me acompanha a todo o momento, mesmo ao escrever estas linhas, escrevo simultaneamente nesse enorme livro que não se conta em páginas, mas em momentos!
154: Frangos - com João Ricardo Pateiro
-
Mariazinha quer que o jornalista cante sempre que um guarda-redes sofrer um
frango...fazendo publicidade à sua churrasqueira.
Há 12 anos
é apenas o tempo que me oprime os versos lol
ResponderEliminarque poetico eeheh
muito obrigada pelo comentário... mas eu é que te estendo o tapete, tiro e chapéu e aceno, com toda a minha força...
parabens
Não troques a expressividade da tua prosa pela aparência de "uns" versos, já poeta és tu, por desta maneira escrever. Abrc
ResponderEliminar